quarta-feira, 24 de julho de 2024

TROCANDO FARPAS COM LULA: MADURO ACUSA QUE ELEIÇÃO NO BRASIL NÃO É AUDITADA



Durante um comício no estado de Cojedes, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, exortou quem "teve medo" a tomar uma camomila, referindo-se às recentes declarações do seu homólogo brasileiro, Lula Da Silva. 

“Eu não contei mentiras. Acabei de fazer uma reflexão. “Quem estava com medo deveria tomar camomila porque esse povo da Venezuela está curado do medo e sabe o que estou dizendo”, destacou.

Da mesma forma, declarou que na “Venezuela triunfarão a paz, o poder popular e a perfeita união civil-militar-polícia”.

Além disso, durante seu discurso mencionou o presidente argentino, Javier Milei. “Uma Milei não vem aqui, você quer que uma Milei chegue ao poder?”

BRASIL SEM AUDITAR

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro afirmou sem citar qualquer prova, que as eleições brasileiras não são auditadas. 

O sistema eleitoral brasileiro, como já foi comprovado em diversas ocasiões nas últimas eleições, é auditável em todas as suas etapas, da preparação das urnas à divulgação dos resultados (veja detalhes abaixo).

Além do sistema eleitoral do Brasil, Maduro questionou os sistemas dos Estados Unidos e da Colômbia.

"Temos 16 auditorias [...]. Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoral. No Brasil não auditam um registro. Na Colômbia não auditam nenhum registro", afirmou.

Por outro lado, Maduro disse que a Venezuela "tem o melhor sistema eleitoral do mundo", que a oposição vai perder e que "terá que aceitar" a derrota.

Ao contrário do Brasil, no entanto, a Venezuela realiza eleições sob desconfiança da comunidade internacional. No início do ano, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista, impediu a opositora María Corina Machado, uma das favoritas a desbancar Maduro, de concorrer às eleições.

Uma outra oposicionista, Corina Yoris, também foi impedida de concorrer.

Atualmente, a oposição a Maduro relata dificuldades para credenciar os fiscais que deverão acompanhar a eleição presidencial na Venezuela no próximo domingo.

LA RAZON (CARACAS)

Sem dúvida, o título deste artigo é um absurdo. A questão é tão absurda quanto a situação na Venezuela sob a tirania chavista. É claro que uma maioria decisiva de votos deveria ser suficiente para alcançar uma mudança política. Em condições normais e com garantias de eleições justas para todos. Mas esse certamente não é o caso na Venezuela.

Neste ponto, percebemos que a questão tenta investigar não se uma maioria pode ser imposta democraticamente, mas sim se uma esmagadora maioria de milhões de votos será suficiente para deter a mãe de todas as fraudes que o regime chavista tenta perpetrar.

Esta questão reconhece a gravidade das repetidas manipulações e abusos que o regime chavista exerceu para garantir um resultado favorável no dia 28 de julho. Estas irregularidades sucedem-se sem parar, como se tem verificado nos últimos dias. A cada um deles, a oposição PUD/MUD respondeu reflexivamente como um canino treinado com “ninguém nos tira da rota eleitoral”.

A síntese desta posição é a ideia de “votar mata a fraude”. O que significa fraude eleitoral? Isto significa que embora a oposição PUD/MUD esteja perfeitamente consciente da fraude eleitoral, está convencida de que os votos contados pelo Conselho Nacional Eleitoral Chavista serão suficientes para derrotar o regime e a sua fraude eleitoral.

A oposição PUD/MUD parece não perceber que a sua postura voluntarista de participar na fraude eleitoral do regime, aceitando os seus abusos, longe de ser um dia épico do cidadão, na verdade contribuiu para normalizar uma aberração. Nada do que aconteceu no desenvolvimento destas eleições pode ser considerado normal, nem o anúncio que Elvis Amoroso faz na noite de 28 de julho em nome do Estado Chavista.


FONTE: BAHIA JÁ / El Universal e La Razon
Foto: EL UNIVERSAL

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